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Enfim 25 ou já 25?

Tenho 25 anos e falar isso soa tão estranho as vezes, principalmente quando tento fazer uma retrospectiva completa da minha vida, parece que nada aconteceu ou evoluiu, tento ver pela ótica do "podia estar pior" e mesmo assim, me sinto desanimada com minhas perspectivas de passado, presente e futuro, isso porque nem me comparo com vidas alheias que conheço, pelo menos na maior parte do tempo. Meus costumes continuam os mesmos de quando eu era adolescente, minhas manias também e morar com meus pais até hoje, faz com que eu sinta como se ainda estivesse vivenciando essa época da minha vida, é estranho, as vezes reconfortante, por outras mais, perturbador. O sentimento estranho de não pertencimento a nada continua aqui até mais forte do que antes, as esperanças de um futuro melhor, contuam na tênue linha da esperança e desesperança, os pensamentos autodestrutivos tomaram contornos mais densos, se antes eu era triste por não ter namorado e amigos, hoje sou triste por ser emocional

Lembranças - Meu primeiro adeus

   Eu amo os meus avós, por muito tempo achei que os teria ao meu lado para o resto da vida, pelo menos até os meus 12 anos, foi nessa idade que tive que aprender o significado da perda e como doí não ter ao meu lado quem eu tanto amo.   O que acho mais triste na perda é que quase nunca sabemos quando estamos dando nosso último adeus, o meu primeiro último adeus foi em um domingo chuvoso, aos pés da cama do meu avô, depois de muitas semanas estando mal e sofrendo, ele finalmente estava melhor, só lembro do sorriso dele, gentil e caloroso, um sorriso que enchia o meu coração de amor todos os domingos quando ele me abraçava, perguntava como tinha sido minha semana e me chamava carinhosamente de pulguinha, pois segundo ele, eu era pequena e pulava muito.   Meu avô foi o homem mais gentil que já conheci, por mais que eu não tenha passado tanto tempo assim com ele, pois tinha trabalho e mais uma intimidade de outros netos, ele sempre tirava um para estar ao meu lado e me passar alguns ensin

Partida

  Eu não sei o que pensar nesse momento além de que meu coração está quebrado e que estou confusa, muito confusa, nunca fui muito boa em lidar com o sentimento de perda, muito menos com despedidas, eu não sei partir mesmo tendo mil e um motivos para ir embora e nesse momento eu gostaria de dizer que isso significa resiliência, que eu suporto os tormentos e as dores que tudo isso me causa, mas isso é apenas mais um fragmento da fraqueza que habita em meu ser.   As vezes me sinto como uma garotinha que só precisa de colo, um cafuné e palavras de que tudo vai ficar bem, ah... como eu gostaria que me dissesse que tudo isso irá passar e seremos felizes outra vez, mas em algum lugar aqui dentro, por trás de toda essa confusão sei que não deveria ansiar por isso, assim como sei que mesmo ansiando, jamais aconteceria.   Nessa ultima semana tentei superar da melhor maneira possivel dentro do meu normal, tentei tapar o buraco que deixou com distrações e ocupações do meu dia a dia, tentei mostrar

Hoje a noite...

     E aqui estou eu em mais uma rotina noturna.     U m comprimido para a cólica mortal patrocinada pelo grande "poder de gerar uma vida": Okay...     U m comprimido de anticoncepcional que me impede de usar meu super poder e colocar nesse mundo uma vida inocente que não merece sofrer: Okay...     Q uatro gotas do meu floral para abalos emocionais a fim de suprir meus terrores diários: Okay...     Esse é o momento em que eu deveria colocar minha cabeça no travesseiro para ter uma boa noite de sono, mas não tenho mais as pílulas amarelas, fecho os olhos, viro de um lado, viro do outro, de repente estou de olhos abertos encarando a total escuridão do quarto, em mais uma noite sem sono igual quase todas as outras, em algum momento me pego pensando se o gato de S chrödinger está vivo, ou se realmente é viável a teoria da conspiração do flúor na água, enquanto tento ignorar os reais motivos que me fazem perder o sono.     Então chega o tão temido vazio, a total ausência de pensam

Um sonho possível

  Quando tinha 10 anos vivia imaginando como seria meu eu do futuro, eu sonhava em ser uma pessoa feliz e bem sucedida, no decorrer desses 12 anos, minha vida se transformou em um fragmento de dores e desilusões, até o começo desse ano, tudo o que sempre vi diante o espelho era apenas mais uma fracassada em um mundo de fracassos eminentes, eu queria poder dizer para eu mesma que tudo ia ficar bem, mas não conseguia mentir e quanto mais eu tentava encontrar uma solução para toda a dor que eu sentia, mais fundo eu mergulhava nela.   Sempre fui vista como alguém que teria um futuro brilhante, eu era a mais inteligente, me destacava entre os demais e estava sempre a frente, mas aquela não era eu, era apenas uma casca que eu utilizava para me proteger do que podia me machucar, estudar e ler eram minha espada e meu escudo, mas era algo artificial, pelo menos assim eu pensava, e as vezes ainda penso, não consigo me dar o mérito de nenhuma conquista que alcanço, tampouco vejo como um mérito em

Felicidade

  Todo mundo quer ser feliz, isso é o normal, eu também quero mas prefiro não colocar mais tantas expectativas em um anseio desenfreado na busca da "felicidade plena", prefiro que ela surja de maneira natural porque já percebi que cria-la artificialmente é inútil e efêmero, tem coisas na vida que literalmente são no seu próprio tempo e eu sei que é muito difícil o processo de aguardar a felicidade pois ele é repleto de tristezas.   As vezes fico muito desanimada de continuar perseverando porque o dia dos humilhados serem exaltados parece sempre tão distante, mas eu tento ver as coisas com um olhar mais leve e otimista então sigo esperando o curso natural da vida, tendo a consciência de que terei dias ruins e dias bons ao longo dessa jornada.